sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

De volta...

Voltei e nem vou postar algo feito por mim, nem nada assim do genero... vou postar algo que li no blog "nao compreendo as mulheres" da autoria do bagaço amarelo... e desde ja deixo o link, porque é um daqueles blogs que vale a pena...pelo menos para mim =) "nao compreendo as mulheres" ...

pensamentos catatónicos (233)

Dizem que só os doidos é que falam sozinhos. Eu, doido me assumo. Falar sozinho é uma forma de me manter vivo e é o coração mecânico da minha forma de pensar. Normalmente falo sozinho em silêncio, como se me estivesse a ler os lábios, mas de vez em quando chego a ouvir a minha própria voz.
Uma das vantagens de falar sozinho é não ter que pensar naquilo que o outro quer ouvir, seja no conteúdo ou na forma, e assim digo exactamente o que me vem à cabeça. A desvantagem principal é que me sujeito a ouvir de tudo e a ter que enfrentar o que ouço. As conversas que tenho comigo mesmo são aquelas em que tenho a certeza que tudo o que é dito é verdade. Talvez, se quiser ser meticuloso, até sejam as únicas.
Quando falo da verdade não falo de tecnicismos, falo de emoções. A verdade tecnicista, aquela que por exemplo se preocupa com a horas a que acordo e adormeço, pouco me importa. A outra verdade, aquela que se preocupa com eu estar ou não apaixonado, importa-me muito. Talvez me importe tudo. E é por isso que às vezes tenho que falar sozinho.
É fácil sentir uma paixão quando estamos perto de por quem nos apaixonámos, mas a sua presença pode-nos enganar um pouco ou, se preferirem, encantar um pouco. É depois, quando já estamos longe e em condições de falar connosco, que podemos ter a certeza do que estamos a sentir.
Não digo que seja sempre assim, mas às vezes é.

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